O amor sem reservas nasceu no meu coração muito antes do blog começar a ser produzido. As crianças dormindo ao sol na rodoviária do Plano Piloto, doentes esperando em filas de hospital, famílias enlutadas chorando na TV por catástrofes em países distantes: em algum momento, percebi que a dor de muitos desconhecidos também doía em mim. Vida que segue. E essa facilidade com que seguia minha vida, apesar do desconforto que o sofrimento alheio me causava, me levou a admirar verdadeiramente aqueles que rompiam a barreira da piedade e se dispunham a fazer desse desconhecido um próximo.
Esse blog jornalístico não se propõe a ser um fórum de discussão teológica ou militância política, mas um espaço que levará o assunto para o campo íntimo do compromisso interpessoal, servindo como instrumento de reflexão de conceitos e valores da nossa sociedade no que diz respeito ao amor. Mais do que divulgar boas práticas, bons exemplos a serem seguidos, meu desafio como repórter era entrar em cada história, mergulhar nos sentimentos que levavam às ações, achar o ponto diferencial que definiria esse conceito tão falado e ainda tão desconhecido, que é o amor.
A ideia era construir tudo na base da interação, desde a teoria por trás do conteúdo, passando pela indicação de pautas, até o produto final na escrita e publicação. Resumir todos os meus anseios, crises, alegrias e dores a que o amor me conduziu durante quatro anos e meio de graduação em Jornalismo, talvez fosse exigir de mais desse projeto de conclusão de curso. Com certeza, porém, foi o início da minha contribuição ao amor, foi o meu modo de tirá-lo da minha alma e colocar-lo em público, em movimento e sem reservas.
Seja bem-vindo, vamos fazer juntos!